Um estudo apontou que 72% dos CEOs brasileiros acreditam que nos próximos 3 anos a tecnologia irá impulsionar mudanças nas formas como as empresas criam, entregam e capturam valor. Os dados são da pesquisa 27ª CEO Survey da PwC.
O estudo entrevistou 4,7 mil pessoas em 100 países, incluindo o Brasil. Além da mudança tecnológica, mudanças no comportamento do consumidor (64%), ações da concorrência (52%) e regulamentação governamental (46%) também são fatores impulsionadores de mudanças nas empresas.
Outros temas importantes incluem instabilidade na cadeia de crescimento (29%), mudanças climáticas (29%) e mudanças demográficas (20%). Com a evolução da tecnologia, a principal preocupação dos CEOs em relação à IA Generativa são os riscos relacionados à cibersegurança, sendo mencionado por 74% dos executivos no Brasil, seguido pela disseminação da desinformação (63%).
Além disso, responsabilidades legais e riscos de reputação são citados por 59% dos entrevistados, juntamente com preocupações sobre preconceito em relação a grupos específicos de consumidores ou funcionários (53%).
Preocupações do CEOs
Quando questionados sobre a viabilidade econômica de suas empresas, 41% dos executivos brasileiros acreditam na inviabilidade a longo prazo, se continuarem no caminho atual. Isso representa um aumento em relação aos 33% registrados em 2023. Globalmente, 45% dos CEOs não veem a viabilidade econômica, um aumento de 6% em comparação com o ano anterior.
As ameaças mais preocupantes para os CEOs do Brasil nos próximos 12 meses incluem instabilidade econômica (31%) e inflação (29%), seguidas por riscos cibernéticos (25%) e conflitos geopolíticos (17%). Mudanças climáticas (16%), riscos sanitários (11%) e desigualdade social (6%) também estão na lista de preocupações.
Mudanças climáticas em pauta
Em relação às mudanças climáticas, 66% dos CEOs estão atualmente envolvidos em iniciativas de inovação ou no desenvolvimento de produtos e serviços com baixo impacto ambiental. Esse movimento é observado globalmente, com executivos aceitando taxas de retorno mais baixas em investimentos com baixo impacto ambiental.
Essas descobertas refletem a crescente conscientização sobre os riscos climáticos, com muitos CEOs considerando esses fatores em seus perfis de seguro corporativo. Além disso, a pesquisa destaca que uma parte significativa do PIB global, cerca de 55%, o equivalente a aproximadamente US$ 58 trilhões, é altamente ou moderadamente dependente da natureza.
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