Em menos de três anos desde a sua criação, o Pix se tornou o meio de pagamento predominante entre todas as gerações. De acordo com um estudo conduzido pela Serasa, isso ocorre porque, além do diante do constante avanço digital, que também impacta o setor financeiro, as gerações mais velhas, como os Baby Boomers e a Geração X, estão revelando a capacidade de se ajustar a esse novo cenário.
A pesquisa “A Relação das Gerações com as Finanças Pessoais” foi realizada em parceria com a Opinion Box. Para o levantamento, foram realizadas 4.486 mil entrevistas com brasileiros de quatro classes sociais e todas as gerações: Baby Boomers (acima de 59 anos de idade), X (entre 42 e 58 anos), Y (de 29 a 41 anos) e Z (entre 18 e 28 anos).
Meios de pagamento mais comuns
Além do Pix, o cartão de crédito surge como o segundo método mais popular de pagamento entre esses grupos, utilizado por 72% dos Baby Boomers e das gerações X e Y, enquanto 64% da Geração Z também optam por esse meio.
No entanto, quando se trata das carteiras digitais, observa-se um menor engajamento por parte dos Baby Boomers (4%), em comparação com as gerações X, Y e Z, que registram índices de 20%, 23% e 23%, respectivamente.
A pesquisa ainda revelou que, com a digitalização, os aplicativos bancários lideram como as principais formas de acesso às contas bancárias para todas as gerações: Boomers (79%), Geração X (93%), Geração Y (95%) e Geração Z (95%). Por outro lado, a abordagem menos frequente é a ida ao caixa eletrônico, com utilização de 16%, 15%, 9% e 7%, respectivamente.
Dessa forma, a tendência de sacar dinheiro em caixas eletrônicos também se mostra mais reduzida entre os mais jovens. Os Baby Boomers são a geração que mais recorre a essa prática, com 64% de adesão. Em seguida, vem a Geração X com 61%, a Y com 57% e, por fim, a Gen Z com 56%. Entre os que usam dinheiro como meio de pagamento, os Baby Boomers lideram entre todas as gerações com 37%. Seguido pela X (35%), Z (34%) e, por último, Y (31%).
Aprendizado sobre finanças
Entre as gerações X, Y e Z, as redes sociais lideram como a principal fonte de aprendizado sobre finanças, com 34%, 41% e 44%, respectivamente. Os buscadores de internet também ganham destaque, sendo usado pelas gerações X (41%), Y(45%) e Z (49%).
Já para os Baby Boomers, amigos e familiares desempenham um papel mais influente, com 34% das respostas, e os websites e apps de banco (31%) ainda são considerados meios relevantes para aprender sobre finanças online.
Esse grupo demonstra menor afinidade com influenciadores digitais no campo financeiro, com apenas 10% de adesão, em comparação com os expressivos 41% da Y, 37% da Gen Z e 33% da X.
Ensino da educação financeira
De acordo com os dados da pesquisa realizada pelo Serasa, todas as faixas etárias consideradas concordam que a educação financeira é uma responsabilidade familiar. Essa perspectiva é apoiada por 70% dos Baby Boomers, 69% da Geração X, 68% da X e 58% da Z
Entretanto, as gerações mais jovens destacam a importância da escola e do progresso do sistema educacional, equilibrando o papel das duas instituições. Entre os membros da Geração Z, 60% concordam que a educação financeira deve fazer parte do currículo escolar. Adicionalmente, mais de metade (52%) da Geração Y e 49% da X também partilham dessa mesma visão. Apenas 43% dos Baby Boomers concordam com isso.
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