Com o fim da pandemia da COVID-19, a preferência do público por materiais em papel cresceu, tanto na comunicação impressa como no uso de papal em embalagens. É o que mostra a pesquisa “Trend Tracker 2023”, realizada pela Toluna e Nauta a pedido da Two Sides, uma organização global sem fins lucrativos.
O estudo analisou como os consumidores percebem questões ambientais, seus hábitos de leitura e preferências de embalagem. A pesquisa contou com a participação de 10.250 pessoas de 16 países diferentes, incluindo 1.000 entrevistados no Brasil.
Comunicação impressa no Brasil
Uma descoberta relevante é o crescimento da preferência por materiais impressos no âmbito da comunicação, desde 2021. Atualmente, 64% dos consumidores optam pela leitura de livros impressos, em contraste com os 37% registrados em 2021. Em relação a revistas, a preferência pelo formato em papel subiu de 17% no estudo anterior para 35% em 2023.
Para catálogos de produtos também houve um aumento de 11% na preferência pelo papel, totalizando 21%. Já no caso de contas e extratos, o aumento foi menor, apenas 5%, resultando em uma preferência de 19%.
Os fatores principais para este crescimento são o longo tempo de uso em dispositivos eletrônicos, relatado por 71% dos brasileiros, e a preocupação de 54% com o prejuízo do digital para saúde. Além disso, aproximadamente 72% dos entrevistados demonstraram preocupação com o risco de vazamento de suas informações pessoais na internet.
Preferências de embalagens
A pesquisa revela também que a maioria dos brasileiros mantém uma visão positiva em relação ao papel para embalagens de produtos, quando comparado com plástico, vidro e metal. Para 72% dos entrevistados, o papel é considerado como um produto que se decompõe naturalmente, além de ser percebido como mais leve (57%) e mais ecologicamente benéfico (57%).
Quanto à leveza da matéria-prima, o plástico se posiciona em segundo lugar (36%), seguido pelo vidro (4%) e pelo metal (3%). No que se refere à escolha mais favorável para o meio ambiente, o vidro assume a segunda posição (26%), seguido pelo metal (11%) e pelo plástico (6%). Quando abordada a questão da compostagem, o plástico ocupa a segunda colocação (14%), seguido pelo vidro (10%) e pelo metal (4%).
Além disso, 58% dos consumidores alegam que as embalagens de papel são melhores para o meio ambiente e 37% acham que governos e autoridades locais têm a maior responsabilidade em garantir a redução do uso de embalagens não recicláveis.