Uma pesquisa da EY apontou que 65% dos CEOs – diretores executivos de empresas – acham que o uso de Inteligência Artificial (IA) é algo benéfico para as empresas. Além disso, 45% deles estão planejando investir em IA nos próximos 12 meses.
Apesar de a maioria dos 1.200 executivos entrevistados considerarem a IA como uma força positiva, 25% permaneceram neutros em relação ao assunto e 10% discordaram.
Foi destacado também que 65% desses profissionais enxergam a necessidade de mais postos de trabalho para enfrentar os riscos sociais, éticos e criminais que a IA pode trazer consigo. Isso inclui preocupações com ataques cibernéticos, desinformação e deepfakes, uma técnica que permite criar vídeos e imagens realistas, mas falsos.
Quando se trata de investimentos, os números mostram uma divisão: 45% dos CEOs afirmaram que ainda não investiram nesta tecnologia, mas têm planos de fazê-lo nos próximos 12 meses. Por outro lado, 43% já incorporaram mudanças impulsionadas pela tecnologia em suas empresas. No entanto, 12% dos CEOs não planejam fazer investimentos em IA.
Investimentos de CEOs em ESG
A pesquisa também mostrou a crescente importância da sustentabilidade no mundo dos negócios. Muitos executivos veem a IA como uma ferramenta que pode acelerar o progresso em direção a metas de sustentabilidade, especialmente à medida que a sociedade se torna mais atenta à transparência ambiental, social e de governança (ESG).
No entanto, a alocação de capital para iniciativas de sustentabilidade varia entre os CEOs. Enquanto 22% priorizam essas iniciativas e alocam recursos significativos para elas, outros 28% as tratam no mesmo nível que outras prioridades. Além disso, 24% consideram as iniciativas de sustentabilidade, mas não as priorizam tanto quanto outras, e 10% não as veem como prioridades.
Um dado revelado pelo estudo é que a maioria dos investidores (76%) estão dispostos a aceitar uma taxa de retorno de investimento mais baixa se a empresa-alvo tiver um impacto benéfico no planeta ou nas pessoas. No entanto, 65% dos CEOs relataram ter encontrado resistência dos investidores em relação à sua estratégia de transição para a sustentabilidade.
Crescimento e estratégia
Em relação aos investimentos para os próximos 12 meses, 29% dos entrevistados apontaram a manutenção de uma reserva de caixa para eventuais oportunidades futuras ou desafios inesperados como sua principal estratégia. Já 26% manifestaram o interesse em fusões e aquisições. Enquanto 25% revelaram planos de investir em iniciativas de crescimento orgânico e outros 25% planejam retornar capital aos acionistas.
No entanto, para os executivos que manifestaram intenções de perseguir fusões e aquisições ou crescimento orgânico, o estudo também explorou os objetivos que desejam alcançar. De forma global, 16% deles expressaram o desejo de aprimorar suas capacidades tecnológicas e de inovação, seguidos por 15% que planejam lançar novos produtos e serviços, bem como melhorar os existentes.
Outros 15% têm como objetivo expandir para novos setores e localizações geográficas, enquanto 15% afirmam priorizar a integração da sustentabilidade em seus principais produtos e serviços. Paralelamente, 14% almejam adicionar novas habilidades à sua empresa e 13% estão focados em forjar novas alianças estratégicas.