Nos últimos dois anos, 70% das empresas contrataram nenhum ou poucos profissionais com mais de 50 anos. Este grupo representa apenas 5% das contratações realizadas durante o período. Esses são dados da pesquisa “Etarismo e Inclusão da Diversidade Geracional nas Organizações”, conduzida em junho pela Robert Half, em colaboração com a Labora.
O estudo abrangeu empresas de diversos portes, revelando que embora a contratação de profissionais mais maduros seja uma menor, 48% das organizações afirmam ter programas dedicados à diversidade geracional em vigor. Entre as grandes empresas, destaca-se o investimento de 13% em treinamentos específicos para suas equipes de recrutamento, contrastando com 6,25% nas pequenas e médias empresas.
Entrada dos profissionais com mais de 50 anos no mercado de trabalho
A pesquisa aborda a falta de compreensão generalizada em relação ao etarismo nos processos corporativos. A maioria dos entrevistados (52%) acredita que profissionais de todas as idades podem participar dos processos seletivos.
Além disso, 80% das organizações ainda não estabeleceram métricas para avaliar o desempenho das iniciativas de inclusão. No entanto, um terço delas afirma estar em fase de desenvolvimento, começando a implementar indicadores.
Quando se trata da entrada de profissionais com mais de 50 anos no mercado de trabalho, 28% das empresas entrevistadas afirmam possuir programas afirmativos para outras formas de diversidade, enquanto escassas 13% relatam ter implementado programas com vagas afirmativas para talentos maduros.
Retenção dos profissionais no mercado
Quando se olha para a retenção desses profissionais no mercado de trabalho, a pesquisa revela que 7 em cada 10 empresas não possuem iniciativas específicas para mantê-los. Já 65% das empresas não oferecem programas de desenvolvimento profissional voltados para a fase madura dos funcionários, embora 12% reconheçam a importância de tais programas.
No âmbito do preconceito etário, mais de 52% das empresas consideram que é imperativo disseminar internamente a conscientização sobre esse tema. Um destaque notável é que quase 14% das grandes empresas já possuem manuais anti-etarismo, enquanto apenas 7,6% das pequenas e médias empresas implementaram medidas semelhantes.
Além disso, 3 em cada 10 empresas afirmaram estar considerando ou desenvolvendo uma política de comunicação anti-etarismo, apesar de ainda não a terem concretizado.
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