Nesta terça-feira (5), a B3, a bolsa de valores de São Paulo, excluiu a Braskem do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Esse índice avalia a sustentabilidade das empresas com base em indicadores ESG (ambientais, sociais e de governança).
A decisão foi tomada em decorrência da declaração de situação de emergência pela Prefeitura de Maceió (AL) devido aos impactos causados pela mineração da empresa, que deixou mais de 55 mil pessoas desabrigadas.
A decisão da bolsa considerou os quatro pilares, começando pelo impacto ESG da crise, seguido pela gestão da crise pela empresa e o impacto da crise na imagem corporativa. Por fim, avaliou a resposta da petroquímica à crise.
Em comunicado, a bolsa esclareceu que “a decisão não deve ser tomada como pré-julgamento das responsabilidades da companhia, mas decorre da aplicação do disposto na metodologia do ISE B3”.
A B3 também informou que a participação da Braskem será redistribuída proporcionalmente aos demais ativos na carteira, com ajustes no redutor do índice. Recentemente, a Braskem cancelou sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O caso Braskem em Maceió
A Braskem realiza a extração de sal-gema na capital alagoana para a produção de soda cáustica e PVC. Contudo, bairros próximos à lagoa Mundaú, como Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Farol e Pinheiro, foram afetados por rachaduras no solo e afundamentos graves do solo devido às atividades de mineração da Braskem na região.
Em 2019, a petroquímica interrompeu a mineração, apontada como a principal causa da instabilidade no solo. O impacto atingiu 14 mil imóveis e forçou mais de 55 mil pessoas a deixarem suas casas devido à situação de emergência.
Quem autorizou a exploraçao ?