Consumidores das classes C, D e E priorizam marcas com propósito e experiência agradável, revela estudo

Grupo representa 76% da população e é responsável por metade do consumo do país, de acordo com pesquisa da PwC e Instituto Locomotiva.

Um estudo revelou que os consumidores das classes C, D e E, que compõem 76% da população, priorizam marcas com propósito e que oferecem uma experiência de compra agradável. Os dados são da pesquisa “Mercado da Maioria”, conduzida pela PwC Brasil em parceria com o Instituto Locomotiva.  

Segundo o estudo, 92% dos entrevistados planejam priorizar marcas e lojas que ofereçam uma experiência de compra agradável, sendo que 44% estão dispostos a pagar mais por isso. Além disso, eles valorizam a sustentabilidade e estão inclinados a apoiar empresas envolvidas em causas sociais e ambientais. 86% priorizam marcas sustentáveis e 60% expressam preocupação com o impacto ambiental de suas escolhas.

Quanto ao apoio a causas, 70% estão dispostos a pagar mais por marcas que defendem causas ambientais e 69% fariam o mesmo por marcas que apoiam causas sociais. Além disso, 52% já abandonaram marcas que desrespeitam o meio ambiente, e 53% deixaram de comprar devido à falta de responsabilidade social.

Há  também uma alta demanda por marcas e lojas comprometidas com a promoção e valorização da diversidade. O estudo indica que 50% dos consumidores deixaram de comprar produtos ou contratar serviços de empresas que adotaram comportamentos considerados preconceituosos.

O valor da conquista pessoal

O estudo revelou também que este público encara o ato de consumir como uma conquista e esforço individual. Cerca de 61% das pessoas se esforçam para adquirir itens que anteriormente estavam fora de seu alcance financeiro, enquanto 71% se sentem realizados ao economizar e realizar uma compra.

Experiências de compra dos consumidores C, D e E

No contexto das experiências de compra, elementos como atendimento, segurança e a capacidade de estabelecer uma conexão genuína são cruciais para atrair e reter clientes das classes C, D e E. 82% do grupo afirmam preferir lojas brasileiras.

A praticidade também se destacou, com 90% desejando priorizar marcas e lojas que ofereçam praticidade na entrega ou retirada de produtos,. Além disso, 38% estão dispostos a pagar um valor adicional por essa comodidade. As formas de pagamento mais utilizadas no dia a dia são Pix (66%), cartão de crédito (61%) e dinheiro (47%).

Os consumidores deste “mercado da maioria” também demonstram estar abertos a inovações que facilitem decisões de compra informadas. Contudo, equilibrar a inovação com a privacidade é essencial, pois 62% preferem estabelecimentos que não solicitam muitos dados pessoais.

  • Mayrla Stayce

    Repórter estagiária em formação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

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