Consumo na periferia: 59% dos moradores fazem compras online, aponta pesquisa

O estudo conduzido pela NÓS em parceria com a HSR Specialist Research, indica que 33% das pessoas compram mensalmente.

Um estudo revelou que 59% das pessoas que vivem em periferias no Brasil costumam fazer compras online e 33% compram em lojas virtuais mensalmente. Esses dados são da Pesquisa Persona Favela realizada pela NÓS em parceria com o HSR Specialist Researchers, sobre os hábitos de consumo digital nas periferias brasileiras. 

Ao total, foram entrevistadas 1.616 pessoas nas 15 maiores comunidades do Brasil. Os entrevistados são das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus, Belém, São Luís e Brasília.

Os consumidores da Geração Y (com idades entre 25 e 34 anos) lideram as compras online, com 67%. Eles são seguidos de perto pela Geração X (entre 35 e 44 anos), com 62% fazendo compras online. Já entre a Geração Z (de 18 a 24 anos), 61% deles compra em ecommerces. 

Frequência de compras e meios pagamentos das periferias

A frequência de compras online varia, com 33% comprando mensalmente, 18% a cada 2 meses e 12% semanalmente. Outros 10% fazem compras a cada duas semanas, enquanto 9% compram a cada 3 meses. Há também um grupo de 7% que compra apenas durante promoções e outro de 7% que faz compras a cada 6 meses. Além disso, 4% relatam comprar apenas uma vez ao ano, enquanto 1% compra a cada 2 anos ou mais. 

Em relação às plataformas de compra, a Shopee tem 49% de preferência, seguida pelo Mercado Livre, com 35%. Outros sites favoritos incluem o Ifood e a Shein, ambos com 29%, além da Magalu, com 21%. A Amazon e a Americanas também têm 19% cada. Aliexpress (17%), OLX (14%) e Casas Bahia (12%) também foram mencionados no top 10. 

Quando questionados sobre os métodos de pagamento, o PIX apareceu como o preferido, usado por 74% dos entrevistados, seguido pelo cartão de crédito, com 58% de adesão. O boleto bancário é usado por 23%, enquanto o débito em conta corrente é a escolha de 16%. Transferência bancária e cartão da loja ou carnê têm participações menores, com 4% e 3%, respectivamente.

O estudo destacou, ainda, que 61% dos moradores das periferias estão cientes das carteiras digitais, mas apenas 22% as utilizam.

Preferências de compra e anúncios

O valor do frete foi citado como um fator de desistência de compra por 60% dos entrevistados, enquanto 48% consideram a opção de retirar as compras em lojas físicas como uma alternativa atraente. Programas de recompensa, pontos e cashback são motivadores importantes para 40% das pessoas, enquanto 38% preferem comprar em lojas parceiras de empresas que entregam na comunidade.

Em relação à publicidade, 37% expressaram interesse em ver anúncios locais que explicam as funcionalidades de produtos em suas áreas. Além disso, 35% consideram influenciadores da periferia falando sobre produtos como fontes de confiança na marca e no produto.

  • Mayrla Stayce

    Repórter estagiária em formação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

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