A pesquisa, com sete anos de edições, analisa diversos atributos de imagem e o potencial dessas figuras como porta-vozes de marcas. Em 2024, o estudo envolveu 2000 entrevistas online, avaliando 200 celebridades em 40 diferentes atributos.
Desde 2021, as mulheres têm dominado o cenário da influência no Brasil, representando cerca de 80% dos 30 nomes mais influentes. Bündchen, além de seu status como ícone da moda, expandiu sua influência para além das passarelas. Com o lançamento de seu livro de receitas, ela promove um estilo de vida saudável e inspira milhões a cuidarem do próprio bem-estar.
Já Rebeca Andrade, a atleta brasileira com mais medalhas da história olímpica do país, é apontada pelo estudo como um símbolo de superação e determinação. Sua trajetória inspira jovens atletas e mulheres em todo o Brasil, fortalecendo sua posição como uma das figuras mais influentes da atualidade.
Logo atrás dela no ranking está a artista Liniker. E na quarta posição, mesmo sem lançar novos conteúdos nos últimos anos, a YouTuber Jout Jout permanece uma referência para muitos jovens, especialmente por seus vídeos sobre feminismo, relacionamentos e autoconhecimento.
A cantora Iza, em quinto lugar, se destaca não apenas por sua voz marcante e carisma na cena musical brasileira, mas também por sua atuação em prol da comunidade negra. Essas figuras, além de dominarem as mídias sociais, moldam a percepção pública sobre valores e engajamento social.
Entre as cinco celebridades mais influentes, todas são mulheres, incluindo uma mulher trans e três mulheres negras. Esse cenário reflete uma crescente busca por representatividade no topo do ranking.
O que os brasileiros esperam de celebridades influentes?
De acordo com a Ipsos, em 2024, o conceito de influência no Brasil passou por uma transformação. Autenticidade e confiança substituíram a valorização da beleza, que predominava em 2023. Essa mudança nas preferências do público destaca uma nova apreciação por atributos como credibilidade e transparência.
A pesquisa também sublinha a importância crescente da diversidade e inclusão, evidenciando um desejo por uma representação mais ampla e inclusiva. Além disso, a tendência de buscar hábitos saudáveis e um estilo de vida equilibrado tem impactado a escolha das celebridades que se tornam modelos de comportamento positivo.
Outro ponto revelado pelo estudo é a ascensão das redes sociais como principais veículos de construção e consumo da fama. Plataformas como TikTok, Instagram, YouTube e Facebook ultrapassaram a televisão como fontes primárias de informação sobre celebridades. Em 2017, 46% das pessoas utilizavam a televisão aberta para se informar sobre celebridades, sendo este o terceiro principal canal. Hoje, a TV caiu para a quinta posição, ficando atrás das redes sociais.
“Para as marcas, a evolução no perfil das figuras influentes representa uma oportunidade estratégica para as marcas. Ao se alinharem com personalidades que compartilham valores autênticos e estabelecem conexões genuínas com o público, as empresas podem criar campanhas mais impactantes e relevantes. Adaptar-se a essas novas dinâmicas é fundamental para construir relacionamentos mais profundos e eficazes com os consumidores”, comenta Mariana Andrade, gerente sênior da Ipsos e responsável pela pesquisa.
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