Na madrugada desta quarta-feira (27), o WGA (Writers Guild of America), o sindicato dos roteiristas nos Estados Unidos, anunciou o fim de uma greve que durou 148 dias.
O desfecho da paralisação aconteceu após o sindicato alcançar um acordo provisório de três anos com a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP, sigla em inglês). Em publicação no X, antigo Twitter, a associação comentou: “O WGA chegou a um acordo provisório com o AMPTP. Hoje, nosso Comitê de Negociação, o Conselho do WGAW e o Conselho do WGAE votaram unanimemente para recomendar o acordo.”
O acordo, que foi assinado no dia anterior, permitiu que os roteiristas retomassem suas atividades a partir da meia noite, no horário de Los Angeles. No entanto, ainda é necessário que os sindicalistas votem para ratificar o contrato, em um referendo que será realizado entre os dias 2 e 9 de outubro.
Condições para o fim da greve dos roteiristas
Entre as novas condições estabelecidas, está um sistema de bônus para os roteiristas com base na audiência de suas obras em serviços de streaming. Anteriormente, os roteiristas recebiam um pagamento fixo antecipado, independentemente do sucesso da produção.
Além disso, o acordo exige maior transparência no compartilhamento de dados de audiência. Prevê que o sindicato tenha acesso a métricas confidenciais de audiência para programas de streaming originais, com base nas horas assistidas. Também define um número mínimo de pessoal para as equipes de roteiristas de TV, dependendo da duração da temporada.
Outro ponto abordado no novo acordo é a regulamentação do uso de inteligência artificial pelos estúdios. De acordo com o contrato, as produtoras devem informar aos roteiristas se os materiais fornecidos a eles foram gerados por IA ou se contêm partes geradas por IA.
No entanto, a greve dos atores, representados pela SAG-AFTRA, que apoiava a greve dos roteiristas de Hollywood, continua desde julho e ainda não houve nenhum posicionamento oficial sobre o encerramento.