Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Polishop

A empresa tem R$ 395 milhões em dívidas, que vão ficar congeladas por 180 dias, além de precisar apresentar um plano de reestruturação e pagamento dos credores.

Nesta segunda-feira (20), a 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou o pedido de recuperação judicial da Polishop. A varejista de eletrodomésticos havia protocolado o pedido no dia 17, relatando dívidas de R$ 395 milhões. 

A decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho determina que a companhia apresente suas contas mensalmente, sob pena de afastamento de seus controladores e administradores. Isso inclui a apresentação de extratos, impostos e encargos sociais.

Agora, a Polishop tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação, enquanto as cobranças de dívidas são suspensas por 180 dias. A administradora judicial escolhido para o caso é Judicial Cabezón, que deve apresentar seu compromisso em 48 horas e uma proposta de trabalho e remuneração em 15 dias.

Em uma entrevista concedida em abril ao Estadão/Broadcast, João Apolinário, presidente e fundador da Polishop, citou a pandemia como uma das dificuldades enfrentadas. Além disso, o aumento do IGP-M (índice que mede a inflação) e a crise de crédito intensificada pelo caso das Lojas Americanas também foram apontados como fatores que contribuíram para a crise.

A empresa, que foi fundada por Apolinário em 1999, passou por um processo de reestruturação nos últimos dois anos. Desde o ano passado, a Polishop revelou que 42 lojas foram fechadas.

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  • Mayrla Stayce

    Repórter estagiária em formação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

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