Além das dancinhas do Tiktok: O papel dos influenciadores nas causas sociais

Luiz Felipe Gheller, CEO do Vakinha, compartilha insights sobre a capacidade dos influenciadores de transformar suas plataformas em poderosos veículos para debates educativos.

Artigo de opinião escrito por Luiz Felipe Gheller, CEO do Vakinha, o maior site de doações online da América Latina.

Os influenciadores têm sido protagonistas em muitos aspectos, principalmente quando se trata da divulgação de produtos e serviços de diferentes marcas com o objetivo de aumentar as vendas e dar mais visibilidade a elas. Mas, nos últimos meses, temos visto que o  papel deles na sociedade tem mudado e eles passaram a ter uma representatividade muito forte, principalmente quando se trata de assuntos relacionados a questões ambientais e sociais.

Inicialmente vistos como figuras que apenas moldavam tendências de consumo, agora têm o poder de mobilizar grandes audiências em prol de causas que vão desde a igualdade de gênero até a sustentabilidade ambiental. Segundo a pesquisa Nielsen/2022, o Brasil é o 2º país com mais pessoas apostando na carreira de influenciador, atrás apenas dos Estados Unidos (USA). No Instagram, o país lidera o ranking, com 10,5 milhões de profissionais. Esta mudança de paradigma não apenas amplificou os movimentos sociais, mas também catalisou a conscientização global e a ação direta.

Um dos aspectos mais impactantes do engajamento dos influenciadores em causas sociais é a sua capacidade de gerar conversas significativas e educativas. Plataformas como Instagram, YouTube e TikTok têm sido utilizadas para disseminar informações sobre problemas urgentes, desafiando preconceitos e incentivando a empatia.

Mas esse posicionamento é uma via de mão dupla, pois aqueles que se colocam à disposição de causas sociais, como a tragédia no Rio Grande do Sul, levam consigo o reconhecimento de pessoas que muitas vezes não o conheciam, por estarem blocados em algum nicho específico.

Segundo a pesquisa feita pelo Opinion Box em parceria com o Histórias de Ter.a.pia, 32% das pessoas que consomem redes sociais dizem acompanhar canais relacionados a bem-estar e saúde mental. Outros 23% acompanham influenciadores que falam sobre o tema. Ou seja, o nicho nem sempre é o mesmo, mas o resultado de engajamento em causas sociais é sempre positivo.

Por meio de parcerias com organizações sem fins lucrativos, lançamentos de campanhas de crowdfunding ou simplesmente promovendo ações locais, muitos influenciadores têm usado sua influência para transformar seguidores em agentes de mudança ativos. Este aspecto não apenas proporciona suporte prático para causas sociais, mas também fortalece as  comunidades virtuais que estão unidas por um propósito maior.

Mas infelizmente ainda há muitas pessoas que, mesmo diante desses atos nobres, ousam em duvidar de suas reais intenções e o julgam como oportunistas. Por isso, a transparência e a consistência na defesa de causas são, portanto, determinantes para manter a credibilidade e a confiança do público.

Diante disso, concluo que os influenciadores têm o potencial de catalisar uma mudança cultural duradoura, transformando seguidores em defensores apaixonados e criando um legado de impacto social positivo. Desde campanhas que desafiam estereótipos até iniciativas que promovem a justiça social, seu papel nas causas sociais é cada vez mais importante e inspirador.

Portanto, à medida que avançamos nesta nova era digital, é essencial reconhecer e apoiar o poder transformador na construção de um mundo mais justo para todos e, principalmente, entender que toda sociedade tem um compromisso com isso.

Artigo escrito por Luiz Felipe Gheller, CEO do Vakinha.

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